quarta-feira, 26 de maio de 2010

Musin é incluido no catálogo de equipamentos culturais do Paraná.

Musin é incluido no livro OS EQUIPAMENTOS CULTURAIS E O PARANÁ DA GENTE
publicado pela Secretaria de Estado da Cultura.




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OS EQUIPAMENTOS CULTURAIS E O PARANÁ DA GENTE

O nosso sexto caderno finalmente vem a público. Consideramos o Catálogo de Equipamentos Culturais um dos mais importantes entre os já editados pelo Paraná da Gente, por alguns motivos. O primeiro deles é a necessidade que tínhamos de proceder o registro dos equipamentos e espaços culturais espalhados nos 399 municípios do Estado, em razão das poucas informações disponíveis sobre a infra-estrutura existente nas cidades do Paraná para uso da cultura. O segundo, talvez o mais relevante, é a valorização desses locais e das atividades culturais regionais.

Inúmeras atividades culturais são realizadas nos municípios, sem que se tenha conhecimento delas nos centro maiores; muitos espetáculos e artistas locais de grande qualidade apresentam-se, por exemplo, em palcos situados em pequenas localidades, sem que se divulgue apropriadamente sua arte. Ao valorizarmos estes espaços criamos um impulso positivo para a preservação, a utilização e a divulgação das atividades culturais em nosso Estado.

O registro dos equipamentos aproxima os municípios uns dos outros, tornando mais conhecidos no Estado espaços importantes, onde ocorrem eventos que movimentam a cultura e as economias locais. O caderno é um primeiro passo nesse processo e, ao trazermos este tipo de informação, pensamos contribuir para um positivo desencadeamento de trocas de experiências.

Sempre seguindo nossa metodologia inicial, as informações foram fornecidas pelos Agentes Culturais, das Secretarias ou Departamentos Municipais de Cultura, para nossa equipe de pesquisa no Paraná da Gente. As informações, portanto, refletem o caráter da percepção, do conhecimento e da gestão local em todos os sentidos, mas principalmente quanto às características dos equipamentos, às formas de uso e às condições de conservação. Desta vez, completamos o mapeamento dos equipamentos culturais dos 399 município do Paraná, tendo recebido informações, ainda que parciais, de todo o Estado. Desta forma, praticamente fechamos um ciclo na gestão da cultura e podemos nos orgulhar dos resultados obtidos até aqui.

Esperamos que todos apreciem este novo material e que ele seja útil para produtores, artistas, gestores culturais e todos os que, de uma forma ou de outra, atuam na área da cultura.

Renato A. Carneiro Jr.
Coordenador do Paraná da Gente

fonte: http://www.prdagente.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=408

Matéria sobre o Musin no blog blogpowerchord - dedicado ao punk rock em Curitiba.

http://www.youtube.com/watch?v=MS_MvqSNd5o&feature=player_embedded

Matéria sobre o Musin no blog blogpowerchord — 9 de outubro de 2009 — Material desenvolvido para o blog www.powerchord.com.br ; O Musin é uma instituição sem fins lucrativos que visa a preservação e desenvolvimento de conteúdos relacionados à música paranaense.
Categoria: Música
Palavras-chave:
powerhord punk rock curitiba musin

Musin é citado nos anais do festival Penalva.



Musin é citado nos anais do festival Penalva. Mais no artigo:
http://www.elisabethprosser.pro.br/publicacoes/artigospublicados/007%20A%20pesquisa%20sobre%20a%20Musica%20no%20Parana.pdf

PROSSER, Elisabeth Seraphim. A pesquisa sobre a música no Paraná e o Festival
Penalva / Mostra da Música Paranaense. II FESTIVAL PENALVA / I MOSTRA DA MÚSICA
PARANAENSE (Curitiba, out. 2005). Anais: Música e músicos paranaenses: memória,
linguagens, produção, performance, ensino, crítica. Curitiba: ArtEMBAP, 2005. p.
119130.

MUSEU DO SOM INDEPENDENTE: RESGATE, PRESERVAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA CULTURA LOCAL - Artigo de Karana Mara Izidoro Silva

ISSN 1809-2616

ANAIS
VI FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA EM ARTE

Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Curitiba, 2008-2009

MUSEU DO SOM INDEPENDENTE: RESGATE, PRESERVAÇÃO E
VALORIZAÇÃO DA CULTURA LOCAL


Karana Mara Izidoro Silva*

Resumo:
Neste artigo procurou-se analisar e englobar a relação entre memória e história; o
crescente interesse pela preservação da memória; a definição dos lugares e suportes da
memória e sua importância. Enfatiza-se também o papel das instituições-memória, e sua
importância para a preservação da memória coletiva. Este trabalho tentará traçar, por fim, o
debate maior no qual está inserido: a preservação de um patrimônio, com a criação de uma
instituição-memória, o Museu do Som Independente.
Palavras-chave:
Memória, Preservação, Acervos Históricos, Musica Paranaense, Musin.

MEMÓRIA, RESGATE E PRESERVAÇÃO

Recentemente, empresas, instituições e indivíduos preocupados em preservar
sua história vêm aderindo à nova tendência, conhecida como responsabilidade
histórica, ou seja, ações cujos objetivos são a preservação, a valorização e a
divulgação da memória resgatada. O interesse público pela “memória coletiva” tem
crescido exponencialmente. Nos últimos anos, a preservação e o resgate da
memória tem estado no centro dos debates acadêmicos no Brasil. Ele se expressa
de forma evidente em debates sobre “patrimônios culturais”.

Porém, esta constante busca pela preservação da memória coletiva não
ocorre somente em meios acadêmicos. Percebe-se um crescente interesse,
igualmente notório em comemorações de fatos históricos, no boom editorial de
biografias e livros memória, na construção de museus e centros de memória e
principalmente centros de memória virtuais. Para Márcia D’Aléssio, nesse período,

do senso comum às políticas públicas existe concordância sobre a
necessidade de preservação do passado. Mesmo os cultores do
‘novo’, os fiéis da religião do ‘moderno’, os militantes da mudança
permanente não ousariam pronunciar-se a favor da destruição dos
traços... Uma necessidade identitária parece estar compondo a

.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Especialização em Comunicação e Cultura,
Comunicação, Cultura e Ideologia da Música.


experiência coletiva dos homens e a identidade tem no passado o
seu lugar de construção1

O apelo que nossa sociedade faz de preservação de sua memória é, em
última instância, a necessidade de reconstituição de si mesma. A busca do passado
como forma de se reencontrar, por isso, preservar vestígios, fósseis, objetos,
documentos etc. Em busca do resgate e preservação do passado, espaços como
bibliotecas, arquivos, museus, centros de documentação e os centros de memória,
tornaram-se locais de guarda das memórias do homem, ou seja, da memória
coletiva, por meio de informações registradas em diferentes suportes.

Estas instituições-memória nos levam a pensar na própria definição de
memória e na importância que estas instituições, a partir dos documentos que detêm
e preservam, representam para o estudo e para produção histórica, pois são, com
constância, as principais fontes para os historiadores e demais pesquisadores.

Segundo a definição de dicionário2, a memória é a capacidade de reter,
recuperar, armazenar e evocar informações disponíveis, seja internamente, no
cérebro (memória humana), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória
artificial). Já a memória coletiva3 é partilha, transmitida e também construída pelo
grupo ou sociedade. Ela se distingue da memória individual.

LUGARES E SUPORTES DA MEMÓRIA

Desde o surgimento da Escola de Annales, em 1929, a concepção de
documentos foi ampliada, deixando de referir-se somente a documentos oficiais.
Com a História Nova, os historiadores passaram a valorizar a pluralidade de fontes
documentais, procurando as informações não somente nas tão privilegiadas fontes
primárias dos arquivos históricos e oficiais.

A crítica à noção de documento pela Escola dos Annales possibilitou a
utilização de diversos documentos ou suportes de memória. A partir de então, se
ampliou o campo do documento histórico, fundamentado essencialmente nos textos,
para uma história baseada numa multiplicidade de documentos, como escritos de

1
D’ALÉSSIO, Márcia Mansor. Memória: leituras de M. Halbwachs e P. Nora. In: Revista Brasileira de
História, São Paulo, Marco Zero, ANPUH, v. 13, n. 25-26, p. 97-103, set. 1992 -ago. 1993. p. 97.
2
Língua Portuguesa On-line. Dicionário. Disponível em: . Acesso em: 5 jul. 2008.
3
Termo criado por Maurice Halbwachs, sociólogo francês da escola durkheimiana, e sua obra mais
célebre é o estudo do conceito de memória coletiva.


todos os tipos, documentos figurados, produtos de escavações arqueológicas,
depoimentos orais, estatísticas, fotografias, filmes, objetos tridimensionais, obras de
arte, entre outros, em diversos tipos de suportes, como metal, madeira, vidro etc. Enfim,
outros “suportes de memória”, que foram criados com o objetivo de perpetuar
eventos, homenagear personagens ou mesmo criticar ou enaltecer algum
acontecimento histórico. Todos esses “suportes de memória” são essenciais para
preencher as lacunas e os silêncios das fontes.

Com a ampliação da concepção de documento histórico, as instituições-
memória ou “lugares de memória”, passaram e dar mais importância e a se
apropriarem desses suportes. A expressão “lugares de memória” foi cunhada pelo
historiador Pierre Nora e por ele definida como “lugares que contribuam para o
estreitamento dos laços entre história, memória e experiência, permitindo a
articulação entre passado, presente e futuro”4.

Para Nora, os lugares de memória são espaços criados pelo individuo
contemporâneo diante da crise dos paradigmas modernos, isto é, arquivos, museus,
centros de documentação e os centros de memória, instituições criadas com um
objetivo semelhante, preservar a memória e a história para as gerações futuras.
Estes lugares da memória reúnem acervos a partir de uma linha temática.
Encontram-se atualmente museus e centros de memória em diversas temáticas e
diferentes áreas, como artes, artes sacras, arqueologia, história natural, etnografia,
fonografia, iconografia etc.

MUSIN: PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA MUSICAL PARANAENSE

Diante da perda iminente, vive-se uma ‘fome de

memória’ que se materializa, entre outros, na

constituição de museus, centros de memória, de

documentação e arquivo que possam preservar

experiência de um cotidiano em vias de extinção.

Zilda Kessel

De uns tempos para cá, a necessidade de guardar documentos pessoais,
objetos, fotografias etc., disseminou-se largamente. Pierre Nora considera que “a
memória se enraíza no concreto, no espaço, no gesto, na imagem, no objeto”. É
preciso criar arquivos, já que a memória na modernidade não é mais espontânea.

4
NORA, Pierre. Entre Memória e História: a problemática dos lugares. In: Projeto História, São Paulo,
PUC, n. 10, p. 7-28, dez. 1993.


A nossa sociedade tem consciência de que a informação e principalmente a
música, aqui tratada, são um tanto quanto efêmeras. A música assume cada dia
mais importância como meio de expressão em nossos dias e por esse motivo torna-
se um relevante patrimônio.

Tendo em vista a relevância em se preservar a memória coletiva, o
pesquisador Manoel de Souza Neto idealizou e criou, como diz Nora, um lugar de
memória. Trata-se de um importante acervo que resgata a história da música
paranaense, o Museu Independente do Som – MUSIN, cuja diretoria é composta
pelo seu idealizador e pelos pesquisadores Elisabeth Seraphim Prosser, Rodrigo
Duarte e Marilia Giller.

O Musin é um importante acervo em formação, que partiu do material
recolhido por Souza Neto nos últimos vinte anos. É a maior documentação do
gênero no estado e o primeiro do Brasil. O acervo abrange a música
independenteno Paraná. Segundo dados disponíveis, são 10 mil folhetos e cartazes
de eventos culturais, 1.500 discos de vinil (LPs e compactos), cassetes e cds de
músicos locais, mil publicações, como fanzines, livros e informativos, e mais de 3 mil
fotos relacionadas ao tema, gravações inéditas em fitas cassete, vídeo e DVDs e
outros documentos. Trata-se do principal acervo em número de registros
fonomecânicos sobre compositores da música paranaense e tem como principal
objetivo preservar o passado e valorizar a cultura local.


Foto Marcelo Dallegrave. Disponível em: .

A preservação de todo este material e a sua disponibilização apresentam
inúmeras possibilidades de pesquisa referentes à sociedade e cultura, como, por
exemplo:

· as influências culturais e sociais que a música exerce;

· seu desenvolvimento ao longo do tempo;
· a influência mútua entre a música e os demais movimentos culturais;
· os compositores que marcaram cada período ou gênero;

· os compositores ou músicos que impulsionaram o desenvolvimento de novas

formas, estilos e gêneros;

· os músicos, grupos e bandas que se destacaram no cenário local e até fora dele.

Enfim, uma gama de possibilidades de pesquisa, que só é possível após
justamente da criação de um lugar de memória.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O acesso à documentação histórica, preservada e disponibilizada no centro, traz
benefícios imediatos a quem dela usufrui, mas também resultados positivos em longo
prazo, pois se trata da valorização, da reconstituição e da partilha da memória coletiva.

Assim, a preservação da memória da música paranaense, afirma a grande
máxima de Nora, que não há memória na sociedade contemporânea, o que há são
tentativas de se acessar essa memória. Tentativa esta que, no caso do Museu
Independente do Som -Musin, se dá por meio de uma ação individual, atingindo o
coletivo. Mais que a necessidade de manutenção de um local de preservação, a
mobilização em torno deste material está diretamente ligada ao que Nora coloca
como apropriação dos lugares de memória pelos grupos sociais em sua constante
necessidade de reconstituição e busca de si mesmos.

REFERÊNCIAS

CARVALHAL, Juliana Pinto. Maurice Halbwachs e a questão da Memória.
Disponível em: . Acesso em: 5 jul. 2008.

D’ALÉSSIO, Márcia Mansor. Memória: leituras de M. Halbwachs e P. Nora. In:
Revista Brasileira de História, São Paulo, Marco Zero, ANPUH, v. 13, n. 25-26, p.
97-103, set. 1992 - ago. 1993.

Língua Portuguesa On-line. Dicionário. Disponível em: . Acesso
em: 5 jul. 2008.

MEDRONI, Melissa. Museu do Som Independente. Disponível em:
. Acesso em: 5 jul. 2008.


NORA, Pierre. Entre Memória e História: a problemática dos lugares. In: Projeto
História, São Paulo, PUC, n. 10, p. 7-28, dez. 1993.

Musin promove o mapeamento, a divulgação e o registro da memória da produção musical do estado do Paraná

Musin promove o mapeamento, a divulgação e o registro da memória da produção musical do estado, tendo com um dos objetivos a publicação do Catálogo da Música Paranaense.

(Detalhe do projeto do catálogo da Música Paranaense)
"Os interessados deverão encaminhar gravações. Serão aceitas gravações musicais em qualquer formato (vinil, cassete, CD, CD-R ou outros, desde que em mídia física), lançadas em qualquer tempo ou ainda inéditas, de artistas/ bandas/ autores/ intérpretes/ arranjadores nascidos ou radicados no estado do Paraná, amadores ou profissionais, atuantes, não atuantes ou falecidos, de todos os estilos e gêneros musicais. As doações devem ser feitas em envelope fechado, endereçadas ao Museu Independente, contendo endereço para contato, breve resumo da carreira do artista e informações complementares, tais como: artista, título, cidade de lançamento, gravadora, ano, tempo total, gêneros musicais relacionados, músicas, compositores, músicos, produção, técnicos, estúdio, design gráfico, foto e outras." Endereço para entrega de materiais: Musin – Museu Independente (Av. Luiz Xavier, 68 / Cj. 1.618 – Curitiba – PR / CEP 80020-020). Mais informações: e-mail: museuindependente@gmail.com / site: museuindependente.blogspot.com
(41)9604 3992

Musin esta sendo estudado como possível projeto de museu virtual.


Alunos de Web design da Opet desenvolvem projeto de museu virtual para o Museu Independente. O projeto inédito no Brasil esta em fase de estudos e pretende desenvolver não apenas um site do Musin, mas desde exposições, reserva tecnica e até a gestão institucional toda em plataforma na web.


Em breve mais noticias.