sábado, 13 de dezembro de 2008

Musin no programa Plug da RPC.

13/12/2008
Memória da música

Materia "Pesquisadores estão montando um museu da música paranaense", Musin no Programa Plug da RPC TV, assita no link:

http://portal.rpc.com.br/tv/paranaense/video.phtml?Video_ID=35400&tipo=

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

''A (des)construção da música na cultura paranaense''



Livro ''A (des) construção da música na cultura paranaense'' é fruto da mesma articulação que resultou na fundação do Musin.











Segue artigo publicado em 2004: http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-2--246-20040904

04/09/2004 -- 17h28
Livro faz resgate da música paranaense
Manoel de Souza Neto garimpou a produção musical do Estado e reuniu 80 artigos em livro de mais de 700 páginas



Durante 15 anos, o produtor cultural Manoel de Souza Neto percorreu os eventos musicais de Curitiba, reunindo material de grupos, bandas, duplas, pesquisadores e músicos que encontrava pela frente.

A peregrinação rendeu um dos maiores acervos sobre a música paranaense já reunidos, composto tanto por discos como por histórias peculiares do cenário musical da cidade e do Estado.

O resultado pode ser conferido no livro ''A (des) construção da música da cultura paranaense'', um catatau de mais de 700 páginas. No livro, a pesquisa do produtor serviu de base para organizar 80 artigos de 39 autores que traçam um panorama da música popular e erudita do Paraná.

É a primeira obra lançada no sentido de desvendar os aspectos dessa área da cultura paranaense. A obra foi dividida em cinco longos capítulos: ''Histórias e Memórias''; ''Diversidade Musical''; ''Preservação e Memória''; ''Educação Musical'' e ''Questões Políticas, Econômicas e Sociais''.

Não se trata, conforme ressalta o organizador, de um livro de história ou um almanaque, mas uma coletânea de textos que podem servir de base para o leitor realizar a sua própria conclusão sobre a cena musical do Estado e seus diversos gêneros.

A idéia de organizar a coletânea surgiu há 10 anos, quando amigos de Manoel Neto chamaram a atenção do produtor para a quantidade de acervo que ele já tinha catalogado ao longo dos anos.

O produtor, no entanto, decidiu reunir outras pesquisas que estavam sendo feitas sobre a música na tentativa de lançar um material ainda mais completo. ''O livro serve como pano de fundo para a história e a crítica da música paranaense'', analisa.

Para o produtor, as diferentes visões abordadas no livro fazem com que a obra vá se construindo e descontruindo ao longo das páginas. E foi exatamente esse o critério o das visões diversas que levou Manoel Neto a escolher os autores, além de uma pesquisa abrangente e criteriosa desenvolvida por cada um deles.

O livro traz a história da música no Estado desde 1600, até os dias atuais e mostra, segundo ressalta o organizador, que o cenário musical atual não passa de um reflexo da movimentação em torno do tema ao longo desses anos.

A proibição do fandango ritmo típico do litoral paranaense pelas elites, por exemplo, mostra como o preconceito e as próprias questões econômicas podem abafar a proliferação dos gêneros.

O desaparecimento de mais de 200 títulos de duplas sertanejas do Estado também é abordado no livro como uma questão a ser avaliada e recuperada.

''A (des) construção da música na cultura paranaense'' traz apresentação de Luiz Carlos Prestes Filho, herdeiro do militante Luiz Carlos Prestes. Ele é coordenador do Núcleo de Estudos de Economia da Cultura, na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e na contracapa do livro fala sobre a música como fator de desenvolvimento.

A abordagem de Prestes ressalta como a pesquisa organizada por Manoel Neto pode ser de relevância cultural não apenas limitada ao Paraná, mas com abrangência em outros estados. ''Nossa intenção é de que o livro chegue a outras regiões, também'', salienta o organizador.

A primeira edição do livro, que tem lançamento em eventos durante todo o mês de setembro, é de 3 mil exemplares. A obra não chega sob a batuta de nenhuma lei de incentivo. É uma organização independente e pode ser encontrada nas livrarias Curitiba, Saraiva, Fnac e em bares da cidade por R$ 48,00. Pedidos podem ser feitos no Umbigo Espaço Cultural (espaço.umbigo@uol.com.br), quando a obra sai por R$ 35,00.

Datas de lançamento:

- 14 de setembro, terça-feira, na Fnac Curitiba, Rua Prof. Viriato Parigot de Souza, 600 (Park Shop Barigui), bate-papo com os autores no Frans Café às 19 horas

- 23 de setembro, quinta-feira, na Biblioteca Pública do Paraná, Rua Cândido Lopes, 133 - Centro, lançamento no saguão térreo, às 19 horas

Confira os autores que integram a coletânea ''A (des) construção da música na cultura paranaense'':

Aimoré Índio do Brasil Arantes

André Alves

Aramis Millarch

Arthur Carlos Mohr

Bernadete Zagonel

Carla Umbria Lemos

Carlos Borges Lima

Cremildes Ferreira Bahr

Daniella Gramani

Deborah Fuks

Edivino dos Santos Filho

Elisabeth Seraphin Prosser

Gilberto Baroni

Glerm Soares

Guilherme Romanelli

Inami Custódio Pinto

Janaina Monteiro

Jocely Tomio Arantes

José de Melo

José Luiz de Carvalho

Lai Bottmann Pereira

Lia Marchi

Liana Marisa Justus

Luís Gustavo Slomp

Magnus Pereira

Manoel de Souza Neto

Marcello Polinari

Marcelo Sandman

Marcilene de Souza

Marcio José dos Santos

Mari Lopes

Mário Deina

Rodrigo Juste Duarte

Rogério Budasz

Roselys Velloso Roderjan

Sérgio Albach

Sérgio Deslandes

Telma Regina Gomes

Thaís Morell

Museus - Guerras Culturais.

Opinião - 1968 e a morte dos museus

Mário Chagas

MUSEÓLOGO, PROFESSOR DA UNIRIO E COORDENADOR TÉCNICO DO DEMU/IPHAN

Viktor Chagas

ESCRITOR E JORNALISTA

O ano de 1968 pode ser considerado o mergulho numa viagem ou a partida para uma odisséia ainda não acabada. Se em maio de 1968, estudantes saíam às ruas na França, em junho, no Brasil, 100 mil pessoas ocupavam o Centro do Rio, num dos, até então, mais importantes protestos contra a ditadura militar.

Estudantes, professores, operários, artistas, intelectuais, religiosos, trabalhadores de diferentes ofícios, filhos, mães e pais estavam lá na passeata dos 100 mil, lutando pela democracia e pela solidariedade; sonhando um mundo livre dos autoritarismos, das ditaduras, das censuras, dos conservadorismos.

Na histórica passeata de 26 de junho de 1968, que merece ser celebrada – ao contrário do que sugerem alguns colunistas – estavam Oscar Niemeyer, Carlos Scliar, Chico Buarque de Holanda, Ernandes Fernandes, Elayne Fonseca, Ziraldo, Clarice Lispector, Fernando Gabeira, Milton Nascimento, Gilberto Gil e tantos outros. Naquele dia, Gilberto Gil comemorava 26 anos de idade e saboreava o lançamento do disco Gilberto Gil e a preparação do lançamento para julho daquele mesmo ano do Panis et circences, marco fundamental da tropicália.

Com uma câmera na mão e uma idéia na cabeça, Glauber Rocha, criador desse famoso bordão do cinema brasileiro, assistiu às manifestações populares. Com o material filmado, deixou inacabado o curta 1968. No mesmo ano, Glauber viria a finalizar o O dragão da maldade contra o santo guerreiro, que mistura antropofagicamente cordel e ópera, e de forma alegórica fala sobre o folclore nordestino e o heroísmo do cangaço ante o coronelismo.

Setores da vanguarda cultural do Ocidente, no final dos anos 60 e início dos anos 70, anunciaram a morte ou o desaparecimento próximo dos museus. Em agosto de 1971, como informou Hugues de Varine, durante a IX Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus, realizada em Paris, Dijon e Grenoble, o beninense Stanislas Adotévi e o mexicano Mario Vásquez proclamavam abertamente: a "revolução do museu será radical, ou o museu desaparecerá".

O necrológio do museu, traduzido a partir de um desejo político, aparecia acompanhado de um discurso que colocava em movimento críticas severas ao caráter aristocrático, autoritário, acrítico, conservador e inibidor dessas instituições, consideradas como espécie em extinção e, por isso mesmo, apelidadas de "dinossauros" e de "elefantes brancos". No entanto, 20, 30 ou 40 anos depois, verificou-se que os museus não só não morreram, como se proliferaram e ganharam destaque na vida do mundo contemporâneo.

Mas as críticas dirigidas ao caráter dinossáurico de algumas instituições museais surtiram efeito e parecem ter estimulado os ventos reformistas que, nas décadas de 1980 e 1990, passaram por algumas delas. A modernização trouxe maior preocupação com os serviços destinados ao público e maior atenção para as práticas pedagógicas, além do aprimoramento dos recursos expográficos e do refinamento dos procedimentos técnico-científicos nas áreas de preservação, restauração e documentação museográfica.

Num mundo que passou a adotar o espetáculo como medida de todas as coisas, o próprio caráter dinossáurico foi transformado em elemento espetacular. Como um corolário da cultura espetacular absorvida e desenvolvida pelos museus clássicos consagraram-se as chamadas megaexposições, algumas tratando de artes, outras de tesouros históricos e outras ainda de ciências e de dinossauros, todas sempre espetaculares. Os ventos reformistas, no entanto, não pretendiam abolir e não aboliram os acentos autoritário, aristocrático, colonialista e imperialista de muitas dessas instituições. O que se pretendia evitar é que um museu como o Louvre, considerado como "protótipo do almoxarifado de um patrimônio burguês", fosse incendiado, como simbólica e ironicamente preconizavam os representantes da geração de 1968.

A sugestão que fica é a de que o diagnóstico da morte ou do desaparecimento próximo dos museus – considerados como lugares consagrados pela tradição cultural da burguesia ocidental – deve ser lido como parte dos movimentos político-sociais de crítica e contestação que, nas décadas de 1960 e 1970, atingiram diversos valores institucionalizados. Se tais críticas parecem ter contribuído para a invenção de um novo futuro para os museus tradicionais, por outro, parecem ter colocado em movimento o desejo de uma nova imaginação museal.

A toda ação libertária corresponde uma repressora; a toda contracultura corresponde uma cultura. E assim 1968 ficou marcado.

A viagem de 1968 não terminou; suas utopias libertárias, suas forças transformadoras continuam em movimento, fertilizando novos processos transformadores. Por tudo isso, vale comemorar os 40 anos do extraordinário ano de 1968 e a transformação do universo museal.

22 de julho de 2008 : 01h00m

http://jbonline.terra.com.br/editorias/textosdoimpresso/jornal/pais/2008/09/22/pais20080922008.html

domingo, 21 de setembro de 2008

Musin na Folha de Londrina - 19/09/2008

Musin organiza Catálogo da Música Paranaense




Fundador do Museu Independente, Manoel de Souza Neto mantém um acervo com cerca de 40 mil itens. Foto Letícia Meira


Formado por uma rede de pesquisadores e colecionadores, o Museu Independente (Musin), com sede em Curitiba, receberá até a próxima semana doações de material para o Catálogo da Música Paranaense. O mapeamento da produção musical do Estado será destinado à publicação e também poderá ser consultado no site museuindependente.blogspot.com.

De acordo com o fundador do Musin, Manoel de Souza Neto, o objetivo é formar uma rede de pesquisadores e promover o acesso a coleções particulares para disseminar a informação. ''É uma rede que forma o conceito de museus satélites. São museus comunitários que colocam o público em contato real com o acervo. Diferente daquela relação impessoal com os museus tradicionais, onde há uma inacessibilidade que dificulta o aprofundamento'', compara Neto. ''A gente está fazendo museus para incentivar a produção de conhecimento'', ressalta.

O acervo do Musin, estimado em mais de 100 mil itens, entre peças de quatro grandes coleções particulares e materiais de uma rede de colaboradores, está em processo de tombamento pelo Patrimônio Histórico Estadual. A catalogação do material também resultará em um inventário, que deve dar origem ao processo de instituição do Musin como espaço museológico reconhecido oficialmente. ''Seria uma instituição de interesse público administrada pela sociedade civil'', explica Neto, que mantém em seu acervo pessoal cerca de 40 mil peças, entre discos, CDs, cassetes e panfletos. ''Aqui a gente escreve sobre isso. Em outras instituições esse material desapareceria'', defende o fundador do Museu Independente. O acervo é bastante procurado por estudantes para pesquisas acadêmicas, segundo Neto.

Quem quiser doar material para o Musin, pode encaminhar a doação pelo correio ou entregar diretamente na sede do Museu. As doações devem ser feitas em envelope fechado, endereçadas ao Museu Independente, contendo endereço para contato e breve resumo da carreira do artista. O material entregue até a próxima semana será incluído na primeira edição do Catálogo. O Musin continuará aberto a doações após esse prazo para uma futura edição ampliada e para a atualização constante do Catálogo na internet.

Serão aceitas gravações musicais em qualquer formato (vinil, cassete, CD, CD-R ou outros, desde que em mídia física), lançadas em qualquer tempo ou ainda inéditas, de artistas/ bandas/ autores/ intérpretes/ arranjadores nascidos ou radicados no Paraná, amadores ou profissionais, atuantes, não atuantes ou falecidos, de todos os estilos e gêneros musicais.

Pede-se ao doador que informe, se possível, dados complementares, tais como: artista, título, cidade de lançamento, gravadora, ano, tempo total, gêneros musicais relacionados, músicas, compositores, músicos, produção, técnicos, estúdio e design gráfico.

SERVIÇO

Musin - Museu Independente, Av. Luiz Xavier, 68, Cj. 1618 (Edifício Tijucas), Curitiba - PR, CEP 80020-020

Mais Informações: pelo e-mail museuindependente@gmail.com ou no site museuindependente.blogspot.com.
Denise Ribeiro
Equipe da Folha

publicado em: http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?id=12252&dt=20080919

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Musin em poucas palavras.

A quebra de paradigma nas relações sociais pós-modernas depende de vontade, munição crítica e prática orientada ao confronto, onde cultura, identidade, comunidade e humanidade são valores que diferem de sociedade industrial, alienada, subjetivada, superficial, consumidora (Homo Laborans). O efeito colateral da homogeneização da cultura globalizada é a regionalização, no contínuo de identificação, choque, resistência, re-negociação. Neste contexto um museu deve ser mais que depositário?! Um Museu-Independente! Entidade voltada à produção de conhecimento, documentação original (arte, discos, partituras, livros, fanzines, fotos, flyers...), fontes primárias, bibliografias regionais, marginais e periféricas. Um Museu idéia! Estudo de caso (em imersão), escola de pensamento, produção de conhecimento multidisciplinar. Uma rede voluntária de pesquisadores, professores, alunos, artistas e agitadores. Museu satélite, residência, virtual e comunitário. Cultura é resistência!

sábado, 13 de setembro de 2008

Musin - Centro da cidade de Curitiba. Vista do Tijucas, a partir do edificio Asa.



(foto: Ricardo Pozzo) Publicado originalmente em www.poeteias.blogspot.com/2007/09/blog-post_09.html

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Musin na Gazeta do Povo

http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/blog/sobretudo/?id=802347

Enviado por Luiz Claudio Oliveira – luizs@rpc.com.br, 27/08/2008 às 17:31

Pesquisador convoca músicos do Paraná
Da coluna Acordes Locais, publicada toda quarta-feira, na Gazeta do Povo:


Sabe aquele papelzinho que você recebe em bares ou casas noturnas, avisando de um show que vai acontecer? Sabe aquele LP antigo do seu avô com uma banda de rock do Paraná? Sabe aquela fitinha cassete que um amigo da sua mãe deu a ela com a gravação tosca de umas canções não menos toscas? Não jogue nada disso fora. Em Curitiba, tem um cara que coleciona tudo, há umas duas décadas, e fez, num apartamento do Edifício Tijucas, o Museu Independente, também conhecido pelo apelido de Musin. Esta pessoa é Manoel de Souza Neto e ele acaba de lançar mais uma proposta para reunir o maior acervo de música paranaense.
A idéia é formar o Catálogo da Música Paranaense, "que promoverá o mapeamento, a divulgação e o registro da memória da produção musical do estado", como escreveu Neto em um edital de convocação para todos aqueles que têm registros sonoros sobre música do Paraná. Reproduzo mais uma parte do edital:
"Os interessados deverão encaminhar gravações durante o período de 18 de agosto até 19 de setembro de 2008. Serão aceitas gravações musicais em qualquer formato (vinil, cassete, CD, CD-R ou outros, desde que em mídia física), lançadas em qualquer tempo ou ainda inéditas, de artistas/ bandas/ autores/ intérpretes/ arranjadores nascidos ou radicados no estado do Paraná, amadores ou profissionais, atuantes, não atuantes ou falecidos, de todos os estilos e gêneros musicais. As doações devem ser feitas em envelope fechado, endereçadas ao Museu Independente, contendo endereço para contato, breve resumo da carreira do artista e informações complementares, tais como: artista, título, cidade de lançamento, gravadora, ano, tempo total, gêneros musicais relacionados, músicas, compositores, músicos, produção, técnicos, estúdio, design gráfico, foto e outras." Endereço para entrega de materiais: Musin – Museu Independente (Av. Luiz Xavier, 68 / Cj. 1.618 – Curitiba – PR / CEP 80020-020). Mais informações: e-mail: museuindependente@gmail.com / site: museuindependente.blogspot.com.
Manoel Neto é historiador e pesquisador da música paranaense. Tomara que o apartamento do Tijucas fique pequeno para abrigar tudo o que chegar.
CDs e mais CDs
Dizem que o mercado de discos está em crise, mas parece que nunca se lançou tanto CD em Curitiba quanto neste momento. Os produtores que dividem o pequeno espaço do reinaugurado TUC, na Galeria Julio Moreira, em Curitiba, por exemplo, são responsáveis por dezenas de lançamentos. O Projeto A Grande Garagem Que Grava, produz e registra shows ao vivo de bandas locais há anos e tem uma bela coleção de CDs. Agora, a Discos Voadores, mais nova, também lança bandas, não em shows ao vivo, mas em discos bem produzidos. Já lançou Bad Folks e Chill On e, nesta quinta-feira (28), um show no TUC, a partir das 19h30, marca o lançamento do novo disco da boa banda Góticos 4 Fun.
E viva a música paranaense

Musin no site o Plano B

http://www.oplanob.com.br/item/museu-do-som-independente

08/08: Museu do Som Independente
Category: Música
Posted by: Melissa Medroni
Fotos Marcelo Dallegrave



Tudo o que você sempre quis saber sobre música independente paranaense – e aquilo que você nem sonhava ter acontecido – está reunido em uma sala da Galeria Tijucas, no centro de Curitiba. O responsável por este acervo, batizado de Musin – Museu do Som Independente, é o produtor Manoel de Souza Neto.

São 10 mil folhetos e cartazes de eventos culturais, 1500 vinis, cassetes e cds de músicos locais, mil publicações, como fanzines, livros e informativos, e mais de 3 mil fotos relacionadas ao tema. Trata-se do principal acervo em número de registros fonomecânicos sobre compositores da música paranaense.

Musin: preservação da memória musical paranaense

Know-how para catalogar todo esse material Manoel tem de sobra. Seu currículo é extenso e está intimamente ligado com boa parte da produção apresentada no museu. Produtor desde 1989, foi o proprietário da lendária gravadora Mais Records de 1996 a 2003, que lançou coletâneas de mais de 80 grupos, como a Guitar e a Borboleta 13, de 1997, e a Lototol, de 1998, coletânmea que possui aquela capa em forma de embalagem de remédio, assinada pelo designer Arthur Di Braschi, considerada uma das melhores capas de todos os tempos.

Também foi Manoel quem produziu a seleção musical das coletâneas Geração Pedreira e Ciclo Jam e mais de 25 demos e cds locais, entre eles Pogoboll (2001), Fuksy Faluta (1999) e Gypsy Dream (1998). Sua assinatura também pode ser encontrada em centenas de shows e festivais e, atualmente, entre os eventos promovidos pela Associação dos Compositores do Estado do Paraná, entidade da qual é vice-presidente.

Há três anos surgiu o Musin, instituição baseada no acervo colhido por Manoel desde que começou a trabalhar como produtor. “O museu do independente trata da memória musical da região e também das culturas transgressoras e oprimidas; é um acervo de preservação do local ante a imposição e dominação estrangeira”, define.

A preservação de todo este material e a sua disponibilização ao público têm atraído principalmente estudantes, músicos, críticos, pesquisadores e a imprensa. As visitas são monitoradas e só acontecem mediante agendamento.

Serviço:
MUSIN - Museu do Som Independente
Visitas com hora marcada pelo telefone 41 9604 3992 ou pelo email manoel_umbigo@yahoo.com.br. O Musin fica na Av Luiz Xavier 68, conjunto 1618 - Galeria Tijucas, Curitiba.

Musin no site Overmundo por Adriane Perin




MUSIN - Museu do Som Independente
Adriane (PR) • 28/8/2006 02:33 • 205 votos • 19 •

Na primeira vez que tive acesso ao acervo do pesquisador Manoel Neto, ele nem era considerado como tal pela maioria das pessoas do mundo da música em Curitiba. Mas, o material que ele já havia reunido foi precioso para uma série de reportagens que assinei num grande jornal do Paraná sobre história da música paranaense. Livros, muitos (e raros) vinis, gravações inéditas em fitas cassetes, filipetas, cartazes de shows históricos por todos os lados e, claro, muitos cds de bandas independentes paranaenses já forravam o ap do rapaz. Um senhor acervo que pode até não ser o mais completo, mas é o que se tem de mais próximo disso, sobre a música autoral produzida na capital paranaense, principalmente, mas também do estado todo.

É este o material - cerca de 10 mil folhetos e cartazes de eventos culturais, 1500 vinis, cassetes e cds de músicos locais, mil publicações, como fanzines, livros e informativos, e mais de 3 mil fotos -, que ele agora reuniu, de forma ainda improvisada, porém organizada, em um apartamento, bem em um dos centros nervosos de Curitiba, a Boca Maldita, no edifício Tijucas.

É lá, no lugar batizado informalmente de Musin - Museu do Som Independente, que todo o material que ele recolheu nos últimos 20 anos pode ser acessado para pesquisas. A idéia – e ele já está trabalhando para isso – é transformar o conjunto de documentos em um bem cultural tombado do Estado, processo que já está correndo junto à Secretaria de Estado da Cultura do Paraná.
Só que existem algumas questões técnicas que dependem ainda de Manoel Neto. Mesmo sendo o único acervo da história da música paranaense organizado como tal, o pulo de acervo para patrimônio tombado, e posteriormente um Museu, é complexo e exige verbas que ele não dispõe.

O acervo precisa ser inventariado, o que custa caro. Como o Musin não é uma instituição formalizada, não existem facilidades na hora de angariar apoios. “Sem as verbas enrosca um pouco a continuidade. Mas, estar sendo usado como fonte de pesquisa já conta pontos, porque é utilidade pública”, comenta Neto que, enquanto isso, vai trabalhar com Leis de Incentivo como pessoa física. “Vou me virando com a velha lição punk de dar um jeito de fazer o que precisa ser feito”, completa ele, que quer no futuro disponibilizar parte do material na internet.

Neto já produziu algumas coletâneas e trabalhou com bandas e já passou uma fase de não ser uma unanimidade entre os músicos. Mas não há como negar a importância desse acervo que tem muita documentação da cena rock pop curitibana a partir dos anos 90, mas não só. Ele não se limitou a guardar as filipetas e cartazes dos shows aos quais ia ou produzia. Realmente foi atrás de criar um acervo, coisa séria, embora muitos não se dêem conta por aí. Entrevistou gente que está fazendo música desde os anos 60, quando os artistas locais deram os primeiríssimos passos além das versões de clássicos da música mundial; foi estudar de verdade o que aconteceu por aqui, onde surgiu por exemplo, uma das primeiras bandas punk, a Carne Podre, antes mesmo de a gente saber o que era isso, aqui.

Ele também recolheu dados sobre a Jovem Guarda curitibana e, antes ainda, quando do nascimento do rock curitibano nos anos 50, época em que o pacato curitibano não via com bons olhos aqueles rapazes de jaquetas de couro que insistiam em fazer barulho com suas motos e dançar de um jeito diferente.

Mais recentemente, ele também se envolveu com discussões de política cultural, participando de vários fóruns e discussões nacionais. Atualmente, está convicto de que os rumos estão mudando e a maré está passando para o lado dos chamados independentes, termo aliás que ele não usa muito, pensando bem. Ele fala de música paranaense. Tirou o foco exclusivo das “bandas” para tratar de história da música e articulação.

Quando o assunto volta para seu acervo ele se mostra tranqüilo. “O mais difícil é ter base consistente e isso, pelo que tenho visto, estou bem à frente no Brasil inteiro. A idéia de que já fiz o mais importante, me deixa tranqüilo, agora tenho que organizar”, comenta. Mas Neto sabe, também, que agora é que o bicho vai pegar. “Inventariar o acervo é o mais premente. É engraçado, a gente faz a pesquisa e pensa que ela é a questão, mas não. O uso dela e a institucionalização do acervo é que são as verdadeiras questões. Eu achava que o trabalho estava feito, e é agora que ele começa”.

Serviço:
MUSIN - Museu do Som Independente (Av. Luiz Xavier 68, conjunto 1618 - Galeria Tijucas). Visitas com hora marcada pelo telefone (41) 9604 3992 ou pelo email manoel_umbigo@yahoo.com.br
tags: Curitiba PR musica cultura-pop musica-independente acervo museu musica-paranaense historia-da-musica-paranaense

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Edital 001-2008

Catálogo da Música Paranaense

Musin - Museu Independente está recebendo gravações musicais de artistas de todo o Paraná para a produção do Catálogo da Música Paranaense, que promoverá o mapeamento, a divulgação e o registro da memória da produção musical do estado.

O resultado deste trabalho ficará disponível para pesquisadores e para o público em geral, podendo ser consultado na internet e utilizado para possíveis publicações.

Os interessados deverão encaminhar gravações durante o período de 18 de agosto até 19 de setembro de 2008. Serão aceitas gravações musicais em qualquer formato (vinil, cassete, CD, CD-R ou outros, desde que em mídia física), lançadas em qualquer tempo ou ainda inéditas, de artistas/ bandas/ autores/ intérpretes/ arranjadores nascidos ou radicados no estado do Paraná, amadores ou profissionais, atuantes, não atuantes ou falecidos, de todos os estilos e gêneros musicais.

Os materiais devem ser enviados pelo correio ou entregues na portaria do edifício onde se localiza a sede do Musin. As doações devem ser feitas em envelope fechado, endereçadas ao Museu Independente, contendo endereço para contato, breve resumo da carreira do artista e informações complementares, tais como: artista, título, cidade de lançamento, gravadora, ano, tempo total, gêneros musicais relacionados, músicas, compositores, músicos, produção, técnicos, estúdio, design gráfico, foto e outras.


Endereço para entrega de materiais:
Musin – Museu Independente
Av. Luiz Xavier, 68 / Cj. 1618 (Edifício Tijucas)
Curitiba – PR
CEP 80020-020

Mais informações:
e-mail: museuindependente@gmail.com
site: museuindependente.blogspot.com

domingo, 30 de março de 2008

Um Museu Idéia

A partir da criação deste blog, o Musin (Museu Independente) inicia a concretização de seu ideal, de se tornar um "meta museu" (ou "museu virtual" ou "museu idéia"). Oportunizar pesquisas, gerar um fluxo de documentos, ser depositário de acervos satélites são algumas das nossas diretrizes.

Nosso grupo trata da pesquisa cultural em um processo de imersão regional, multidisciplinar, com a inteção de produzir textos originais, formatando (aí sim) o conceito de "museu idéia".